Há duas espécies de pobreza: a material e a espiritual e qualquer delas aflige hoje fortemente a humanidade no seu todo.
Porém, a mais gravosa para o homem é a pobreza espiritual, pois conduz o homem à ignorância, à cegueira do espírito, à mesquinhez e a tudo aquilo que é baixo e desprezível no ser humano.
Enquanto que a pobreza material pode ser ultrapassável, mas também pode atingir qualquer pessoa, mesmo aquele que hoje é rico ou abastado, a pobreza espiritual conduz o homem à perdição. "Muitas vezes o homem materialmente rico é espiritualmente pobre".
Deus tudo pôs à disposição do homem, tanto os bens materiais quanto os espirituais. Compete, pois, ao homem fazer o esforço necessário para alcançar tanto a riqueza material quanto a espiritual.
O homem que vive desligado de Deus é um ignorante, pois a sua consciência não está desperta para as coisas do espírito. O homem sem Deus é incompleto.
A tragédia espiritual da humanidade é muito grande. É tão grande que o homem sem Deus nem sequer tem consciência do seu estado. Vive sem esperança. Tal como nasce, vive e morre um cão ou um gato, assim acontece com a maioria dos homens, pois a sua consciência anda adormecida e têm o seu coração endurecido ao ponto de rejeitarem a verdade que lhes é anunciada. Preferem continuar a viver uma vida sem horizontes.
O homem tem tudo à sua disposição, tanto os bens materiais como os espirituais e, para obter ambos tem que trabalhar.
Infelizmente, e no que respeita à riqueza material, existem hoje no mundo desigualdades tão grandes entre os homens, tanto a nível individual como coletivo, geradas pela sede de poder e dominação do seu semelhante, que têm conduzido o mundo à beira da catástrofe.
Gosto muito de um pensamento de Madre Tereza que diz:
“A falta de amor é a maior de todas as pobrezas. Temos de ir à procura das pessoas, porque podem ter fome de pão ou de amizade".
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