terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

A INFLUÊNCIA DA MÚSICA NO JOVEM E NA SOCIEDADE

A música é o reflexo da alma traduzido em sons que influenciam durante toda
a vida, os seres humanos, principalmente na adolescência, onde todos encontram
ídolos para se ‘espelhar’, ou para se auto-afirmar.
A música é uma linguagem universal que ultrapassa as barreiras do tempo e
do espaço. Desde os primórdios da humanidade esteve presente em todas as
manifestações humanas de alegria, dor, esperança, fé, amor, expressando-se das
mais variadas formas e nos mais diversos grupos. Para que a Música?
Impossível falar em educação, seja ela destinada às crianças, adolescentes,
jovens, adultos ou idosos e deixar de falar da música como recurso pedagógico ou
como expressão da linguagem. É impossível deixar de falar da música como arte
pura, ou como arte de embasamento para outras expressões artísticas como a
dança, o teatro, o cinema, a literatura.
As pessoas que estudam música apresentam maior quantidade de massa
cinzenta principalmente nas regiões responsáveis pela audição, visão e
controle motor, pois a prática musical faz com que o cérebro funcione em
“rede”. Isso nos leva a crer, que crianças que possuem a disciplina de
música no currículo escolar têm maiores chances de desenvolverem o
raciocínio lógico, a interpretação, concentração e conseqüentemente, ter
um melhor rendimento escolar
Hoje a referência musical da maioria das pessoas vem da indústria cultural.
As pessoas não têm idéia de que também existem trabalho e sofrimento na
música. Não é essa a imagem transmitida pela mídia normalmente. Começar a tocar um instrumento é sempre um desafio.
Muitas vezes as posições são desconfortáveis e exigem esforço. E, no
começo, os alunos sempre fazem mais força do que o necessário.
O material trabalhado numa aula de música são
as pessoas.
Em países com mais tradição que o Brasil no campo educação da criança
pequena, a música recebe destaque nos currículos, como é o caso do Japão e dos
países nórdicos. Nesses países, o educador tem na sua graduação profissional um
espaço considerável dedicado a sua formação.
No Brasil apesar de ainda não fazer parte da grade escolar, existem trabalhos
feitos com jovens em periferias e demais centros urbanos, trabalhos voluntários que
fazem a diferença para muitas crianças carentes que não tem cultura e que passam
a conhecer e aprender pelo menos um instrumento musical. Essas aulas fazem com
que as crianças e os jovens saiam das ruas e passem a interessar-se por uma vida
diferenciada daquela que costumavam ter. Porém, a música e o trabalho voluntário
em escolas não devem abranger só a periferia como também grandes centros
urbanos.
A educação musical é essencial para afastar também más companhias e
conseqüentemente passarem a preencher seus horários com cultura, educação
diferenciada e privilegiada, pois hoje se concentra nas mãos de poucos.
Um exemplo concreto é o Projeto “Villa-Lobinhos” desenvolvido pela
Organização Viva Rio, que promove educação musical para jovens instrumentistas
de famílias de baixa renda entre 12 e 20 anos de idade. Destaca-se também em Porto Alegre, os “Meninos da Oficina de Talentos da Fundação Pão dos Pobres” aonde tive o enorme prazer de cantar com eles em uma apresentação de Natal que a OSPA fez no final do ano passado. São adolescentes de comunidades carentes e com condições precárias de moradia, higiene e saúde.
Outro de significativa importância também é o projeto de musica nos hospitais
que traz bem-estar, a pacientes, médicos, funcionários e visitantes, que além de
popularizar a arte erudita e valorizar jovens instrumentistas brasileiros, a Música nos
Hospitais proporciona momentos de conforto a um público especial. Apesar de todos estes benefícios algumas pessoas consideram a música
perda de tempo, ou até mesmo acabam por desmoralizá-la criando letras de baixo
nível, onde na verdade o intuito seria de criticar a sociedade, com seus problemas,
suas dificuldades.
Porém, pode-se citar exemplos de clássicos da música brasileira que expõem
parte da beleza cultural de nosso país que, apesar de curta memória, este é o
trabalho de uma pessoa que durante sua permanência conosco contribuiu com a
qualidade intelectual da musica brasileira, Gonzaguinha, um eterno aprendiz como
ele mesmo dizia deixou para nós uma riqueza muito grande nas suas letras de
musica.
Para muitas pessoas música é apenas arte, atualmente ela se encontra em
diversas utilidades não só como arte, mas também como recurso educacional ou
terapêutico (musicoterapia). Além disso, tem presença central em diversas
atividades, como festas, rituais religiosos e funerais. Há evidências de que a música
é conhecida e praticada desde a pré-história. Provavelmente a observação dos sons
da natureza tenha despertado no homem, através do sentido auditivo, a
necessidade ou vontade de uma atividade que se baseasse na organização de
sons. A musico-terapeuta Camila Pietrobom afirma:
“A música influencia durante toda a vida, os seres humanos, principalmente
na adolescência, onde todos encontram ídolos para se ‘espelhar’, ou para
se auto-afirmar. Temos que levar em consideração algumas regiões, onde
os estilos musicais são diferentes e a influência acaba sendo diferente
também, dependendo a classe abordada, você percebe que as músicas que
os adolescentes ouvem são as que estão sendo lançadas na mídia. E que
muitas vezes são músicas que expõe o corpo feminino. Mas a
música auxilia no equilíbrio emocional das pessoas, principalmente dos
adolescentes que estão sempre em conflitos com seus sentimentos,
fazendo com que se acalmem com a música, canalizem energia por meio
da música (dançar, cantar, ouvir, tocar, etc.) e busquem respostas para
seus sentimentos, pois inúmeras músicas que os adolescentes ouvem,
retratam suas vivencias diárias, e também eles se identificam não apenas
com a letra (que muitas vezes relata suas paixões, desilusões), mas
também com o ritmo (que reflete nosso ritmo interno como a batida do
coração, a respiração, etc.)”
De uma coisa não vamos escapar: a música, como qualquer outra
manifestação artística, está contextualizada num mundo em evolução, onde
cada vez vive mais gente, onde o dinheiro é que determina as regras, e num
Brasil onde as pessoas de classes sociais mais baixas estão começando a
ter acesso a bens de consumo, o que é ótimo. O médico e músico Augusto Weber, diretor da Clínica e Centro de Estudos de
Acupuntura do Paraná (Cesac), estudou musicoterapia em Londres e utiliza a
música em seus tratamentos de acupuntura há 20 anos, ele explica que, além da
audição, o som e suas vibrações também têm utilidade no tratamento. “A
estimulação vibro acústica, feita nos pontos da acupuntura, tem inúmeros efeitos no
corpo humano, como o alívio de dores, efeitos regenerativos, diminuição da
ansiedade e do estresse”, A aplicação da música para
conosco vem de inúmeras formas, como a terapia pode ajudar na saúde do corpo e
da alma de pacientes de todas as idades.
Na terceira idade as pessoas tendem a se tornar mais solitárias e isoladas
dentro de suas casas. Além de problemas psicológicos, esse comportamento pode
levar ao surgimento de problemas de saúde ou agravar quadros já debilitados. A
música ajuda a evitar o isolamento. “Além disso, auxilia nos tratamentos e no
combate a outros males como derrames cerebrais, epilepsia, mal de Alzheimer,
Parkinson, autismo, transtornos mentais, depressão, insônia e outros fatores
preocupantes na terceira idade” .
Segundo o musico terapeuta Carlos Antônio Doro durante as sessões, “o paciente é orientado a restabelecer contato consigo mesmo,
resgatar sua espontaneidade, além de trabalhar a auto-estima, a capacidade de
comunicação, a coordenação motora e a concentração”. Mesmo mais velhas, as
pessoas continuam precisando de carinho, do toque físico e das vibrações. Esses
estímulos e a sensação de acolhimento também podem ser fornecidos pela música.

Então meus amigos....vamos cantar!!!

Lilian

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